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Número de queimadas aumenta 76% em trecho do Rodoanel

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Foto: Getty Images

4 min de leitura

A combinação tempo seco e crime ambiental tem colocado em perigo a viagem dos motoristas ao longo das rodovias paulistas. Segundo levantamento da concessionaria SPMAR, no primeiro semestre de 2024 houve um aumento de 76% no número de queimadas registradas nos trechos Sul e Leste do Rodoanel Mario Covas em comparação ao mesmo período do ano passado.

 

“O que mais chama a atenção nas crescentes ocorrências de incêndios é que na maior parte dos casos eles são causados pelo homem, ao jogar bituca de cigarro, soltar balões ou limpar terreno com fogo. Ações  que além de crimes ambientais, possuem alto risco de causar um acidente na via, uma vez que a fumaça prejudica a visão dos motoristas e o calor afugento os animais que podem correr para a pista” informa Alessandro Chioatto, Coordenador Sócio Ambiental da concessionária SPMAR.

 

Para driblar as estatísticas, a concessionária implantou ações preventivas de combate aos focos de incêndio. Nos trechos Sul e Leste do Rodoanel Mario Covas, o planejamento começou em fevereiro, com as ações de limpeza em áreas de mato, a fim de evitar que um incêndio tenha facilidade de se espalhar, o chamado aceiro, como explica Andrew Aquino, gerente de operações da concessionária.

 

Foto: Concessionária SPMAR

 

“Essa limpeza, o aceiro, ocorre na faixa de domínio da rodovia, numa área  de um metro e meio de cada lado da cerca do entorno da via, essa parte de terra sem vegetação serve de segurança para  evitar que o fogo passe daquele ponto e atinja a rodovia ou venha da rodovia para a mata fechada”, explica Aquino.

 

Ao longo dos meses que antecederam o outono foram tomadas medidas com o intuito de dificultar a proliferação do fogo, como a poda da última berma, que é uma poda na parte de cima do talude do entorno da rodovia. Isso garante que, no caso de incêndio, o fogo permaneça no talude e não desça para a rodovia.

 

Além das ações preventivas, há um monitoramento visual diário feito pela equipe do Centro de Controle Operacional em busca de algum sinal de fumaça e quando as câmeras detectam algum indício, a equipe de operação de combate a incêndio é prontamente acionada e mensagens de aviso aos motoristas são veiculadas nos painéis de mensagem espalhados ao longo da rodovia.

 

Baixa visibilidade e dicas úteis

 

Como o primeiro impacto da fumaça é na visibilidade, é essencial que o motorista evite distrações ao volante, como uso do celular e mantenha atenção total no percurso. Se necessário, diminua a velocidade, acenda o farol baixo, mantenha uma distância segura dos demais veículos e evite ultrapassagens e freadas bruscas.

 

No caso do motorista encontrar uma “cortina de fumaça espessa” na rodovia, antes de atravessá-la, ele deve checar se ela é visível em toda sua extensão, caso contrário, a recomendação é encostar o veículo.

 

“É imprescindível ao motorista ter visibilidade, mesmo que prejudicada, de todo o seu trajeto através da fumaça antes de pensar em atravessá-la. Caso contrário, há sempre um risco da fumaça se fechar repentinamente à frente e o motorista perder totalmente a visão, sendo obrigado a parar com seu veículo sobre a via, sem ter certeza em que ponto está e correndo o risco de causar um grave acidente”, explica Aquino.

 

Foto: Getty Images

 

 

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